De volta para o passado

Algumas vezes já me questionei sobre as motivações de continuar esse blog, principalmente em dias como os de hoje, cheios de prioridades e compromissos, dias em que escrever nesse espaço parece uma inútil perda de tempo diante de todas as outras coisas que se apresentam como PRIORITÁRIAS.

Acho que ainda escrevo por olhar para esse blog como uma potencial máquina do tempo, não daquelas que te levam para o futuro (alguém se lembra do saudoso Delorean???)

 

É mais daquelas que te levam ao passado, mais ou menos assim:

você guarda um tanto de coisa, ainda que sem nexo ou grande "importância" (uma carta, uma foto, um patinho de borracha, bonecos gulliver, playmobil, molas malucas...), guarda bem guardado (não se esqueça que terá que lembrar onde guardou depois) e abre 30... 40... quem sabe 50 anos depois.

Daí quando você abre o que aconteceee???

Não sei o que acontece depois, nunca fiz isso e ainda não se passaram 30 anos desde o primeiro post aqui, vai que depois de tanto tempo eu ache tudo isso uma bobagem?

Sinceramente, otimista que sou, acho que não, por isso continuo escrevendo na esperança dessa maquina do tempo (que só vai prô passado) nos permitir boas viagens daqui um tempo.

Aproveitando a ocasião, fica aqui o registro de algo que quero guardar na maquina para rever daqui alguns anos... meus votos de casamento em versos (para os que se lembrarem, também canção)

Mais que um par

Cabe sim você aqui
Chega perto pode até dormir
A gente sabe como é ser um par

Cabe sim beirando o mar
O sol se pondo a se avermelhar
Cabe eu sei o céu, o mar, um par

Quando então vier a chuva
Vou descansar ao seu lado

Cabe o céu sem sol nem lua
Escondido sob a nuvem escura
Mesmo que, ainda assim um par

Abre a porta e deixa entrar
Pois Deus em nossa casa tem lugar

Cabe sim você aqui
Chega perto pode até dormir
Eu você e Deus é mais que um par

Vou que ainda em tempestade
Por caminhar...

Sempre ao lado